Canário da terra

Introdução

Este site foi criado com o objetivo de divulgar uma nova alternativa de produção avícola - a criação racional de pássaros cantadores brasileiros, mais especificamente a criação do canário-da-terra verdadeiro (Sicalis flaveola brasiliensis - Linnaeus, 1766), que é a espécie mais criada do gênero Sicalis.
Com informações provenientes de pesquisas bibliográficas, acompanhamento de uma criação experimental
particular e visitas a diversos sites, foi possível sintetizar os principais aspectos relacionados à descrição, vida silvestre,
canto, instalações, alimentação, reprodução e manejo sanitário da referida espécie.

Introdução II

Milhões de pessoas no Brasil possuem animais silvestres em casa, a maior parte constituída de aves canoras. Entre essas, uma das mais estimadas é o canário-da-terra.
A maioria dessas aves não possuem registro no IBAMA, sendo mantidas ilegalmente em cativeiro.
Atualmente, essa demanda é suprida, em sua quase totalidade, pelo tráfico ilegal e por capturas diretas na natureza que, em geral, provocam a morte de muitos indivíduos, em razão de procedimentos cruéis e formas inadequadas de alimentação e transporte.
São pouquíssimos os criadores comerciais e amadores de pássaros silvestre principalmente Siscalis e, portanto, a oferta de pássaros registrados também é muito
pequena, mas vem crescendo em pequena escala, graças meio de comunicção que vem cada dia melhor e mais rápida, assim sendo a  divulgação pela internet vem sendo um meio muito próspero em que podemos criar pássaros silvestres em cativeiro legalmente.

Justificativa

Por que alguém preferiria possuir um pássaro nascido em cativeiro, registrado, ao invés de um exemplar capturado ?

· Trata-se da maneira mais prática de possuir um pássaro silvestre, sem agredir o meio ambiente e sem infringir a Legislação Brasileira.Com certificado deregistro, o cidadão tem direito de transitar com seu pássaro por todo território nacional;

· São pássaros selecionados pela qualidade do canto, cor, fertilidade e outras características desejáveis;
· São aves dóceis, saudáveis e adaptadas à vida em cativeiro;
· É possível a determinação de idade, da paternidade, do local de nascimento, entre outras informações.

Caracteristicas

Nome popular:
O canário-da-terra verdadeiro recebe diversas denominações: chapinha, canário-da-terra do nordeste, canário-do-Ceará ou da Bahia, canário-da-telha, cabeça-de-fogo (o macho), cravuda, coróia ou chusca (a fêmea). Nos EUA é conhecido como safron finch.

Classificação

· Classe: Aves
· Ordem: passeriformes
· Família: emberizidae
· Nome científico: Sicalis flaveola brasiliensis

Descrição

A coloração predominante do macho é o amarelo-vivo e, na região anterior do alto da cabeça, o alaranjado.
Fêmeas e jovens possuem as partes superiores do corpo pardo-oliváceas com densa estriação parda, e por baixo são amarelas com estriações pardacentas; o peito e a região ao redor da cloaca são amarelados.
O filhote possui uma plumagem semelhante à da fêmea, com as mudanças de coloração ocorrendo a partir dos 6 meses de idade; com 18 meses, apresenta a plumagem de adulto.
Medem, quando adultos, em média 13,5 cm de comprimento e pesam cerca de 20 gramas.

Distribuição e habitat

Ocorre praticamente em todo o território brasileiro, com exceção da região amazônica.
Possui como habitat bordas de matas, áreas de cerrado, caatinga, campos naturais e pastagens, além de áreas cultivadas.
Em ambientes urbanos, pode ser visto em jardins e bosques, como já registrado em alguns parques de São Paulo e Curitiba.

Vida silvestre

Territorialidade: Quando em reprodução, pássaros territorialistas dominam uma determinada área, onde nidificam e não permitem a presença de outros da mesma espécie.

O canto: é utilizado para atrair fêmeas e afastar concorrentes. O território também inclui o local de alimentação, cortejamento e repouso.
Na época não reprodutiva, costumam viver em bandos. Alimentação: Na natureza, utiliza sementes de capimcolchão(Digitaria horizontalis), capim-colonião (Panicummaximum), capim-marmelada (Brachiaria plantaginea), caruru-deespinho (Amaranthus spinosus), grama-batatais (Paspalumnotatum) e capim-navalha (Hypolytrum pungens), entre outros.
Apreciam verduras, como dente-de-leão (Taraxacumofficinale), serralha (Sonchus oleraceus) e tanchagem (Plantagomajor); insetos como drosófilas, aleluias e cupins; além de sobras de ração de aves, suínos e bovinos.
Reprodução: Nidifica em cavidades, apresentando grande plasticidade na ocupação de sítios reprodutivos. Utiliza ninhos confeccionados por outras espécies (ex: Furnarius rufus: joão-debarro), buracos em troncos, mourões de cercas e até mesmo plantas epífitas. Como abrigo artificial, aceita com facilidade o colmo de bambu-gigante, crânio de boi, cabaça, entre outros.
Seja qual for o local escolhido, a espécie sempre confecciona um pequenino ninho em forma de cesta, podendo chocar até 3 vezes no mesmo local.

Canto

Ocasionado pela passagem do ar na siringe ou órgão vocal situado na conjunção da traquéia com os brônquios primários.
O canto possui uma relação estreita com o comportamento reprodutivo das aves. No início da primavera, quando os dias começam a ficar mais longos, os testículos dos machos aumentam de volume, produzindo hormônio sexuais, cujas
funções incluem o estímulo ao canto, aumento da libido e da agressividade.

Torneios

Os pássaros que participam de torneios recebem um tratamento especial. Cada “atleta” possui seu esquema de treinamentos, que incluem passeios diários de carro e a pé, competições de canto simuladas e aulas de canto.
Disputam provas de canto clássico (exame individual: duração de 5 minutos e ganha aquele que apresentar o canto mais perfeito, de acordo com um padrão pré-determinado); canto livre (exame individual: duração de 5 minutos e ganha aquele que
apresentar o maior número de cantos; não é analisada a qualidade do canto), e fibra (exame em grupo: dispostos em círculo e colocados um ao lado do outro, a uma distância de 20 cm - os pássaros tentam sobrepor seus oponentes através do canto, já que não o podem fazer fisicamente. Ganha aquele que apresentar mais cantos no final da prova).
Nas provas de fibra, já foram observadas aves cantando cerca de 300 vezes em 15 minutos isso é o resultado de muita dedicação do criador; sabe-se que essas aves alcançam um alto valor de mercado.

Principais ameaças

A causa maior da progressiva extinção de espécies tem origem na perturbação geral da ecologia terrestre, que é ocasionada pelo crescimento geométrico da população humana e pela ocupação de áreas cada vez maiores que os homens vêm
disputando com os animais selvagens, considerando, ainda, os efeitos colaterais indesejáveis causados pela multiplicação de atividades industriais.
Queimadas periódicas, desmatamento e aplicação de agrotóxicos vêm provocando acentuado declínio nas populações de canários. Devem ser ressaltadas as conseqüências danosas provocadas pelo uso de defensivos agrícolas em áreas cultivadas, que freqüentemente causam envenenamento de bandos inteiros.
O canário-da-terra é um pássaro com canto muito apreciado em todo país, e por isso vem sofrendo um significativo declínio populacional, devido a capturas clandestinas na natureza. Além da aptidão para o canto, são muito valentes, e, por isso, costumam ser utilizados como “canários-de-briga”. Eles são colocados em grandes gaiolas onde as agressões se prolongam por mais de meia hora, gerando ferimentos e perdas de indivíduos.
Segundo o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei n° 9605 de 12/02/98), quem mata, captura, vende ou mantém em cativeiro, ilegalmente, animais da fauna brasileira, está sujeito a detenção de 6 meses a um ano, e multa. O artigo 32 da mesma lei determina detenção de 3 meses a um ano, e multa para quem promover brigas de canários (rinhas).

Estratégia de conservação

Considera-se como principal estratégia de conservação, atualmente, o incremento de programas de educação ambiental visando à redução de capturas na natureza e ao combate a traficantes de animais silvestres.
A legislação atual permite a compra de animais silvestres de criadores profissionais registrados no IBAMA. Sem agredir a natureza, é possível obter um pássaro de qualidades aprimoradas, saudável e principalmente ambientado à vida em cativeiro.

Reintrodução

A reintrodução desta espécie em locais onde foi extinta ou o revigoramento populacional tem sido realizados com sucesso em muitos locais. Para isso, é fundamental o acompanhamento de um profissional qualificado, o qual irá analisar a viabilidade do projeto, além da permissão do IBAMA.
O processo procura imitar a ocupação de território feita pelos canários na natureza. Na época de reprodução, o macho escolhe um local (que ofereça a cavidade para nidificação, alimento e segurança) e canta para atrair as fêmeas da região.

Instalações

Localização:
O melhor local para construção é numa área com suave declividade, voltada para o norte, em terreno de boas características de drenagem (solos arenosos), evitando-se, assim, construções próximas a várzeas (terreno úmido) e áreas poluídas.            O criadouro deve estar próximo dos fornecedores de insumos e do mercado consumidor.
Orientação:
Este é um fator que está positivamente relacionado com o clima e com a localização das instalações. No entanto, há uma regra básica que deve, em geral, ser respeitada, para os tipos de construções utilizadas em explorações de confinamento avícola.
O eixo longitudinal dos galpões deve estar orientado no sentido leste-oeste, com o que se conseguirá que a superfície exposta a oeste seja a menor possível, evitando-se o superaquecimento no interior do recinto pela forte insolação nas longas tardes de verão.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              Criadouro:
O local de criação deve ser bem iluminado, arejado e sem correntes de ar. A temperatura ideal está situada ao redor dos 25ºC e a umidade relativa de 60%                                                                                                                                No aproveitamento de recintos que não recebem uma iluminação solar suficiente, devemos utilizar sistemas de iluminação artificial. Fundamental o fornecimento de vitamina D3 e desinfecção freqüente do ambiente em recintos com baixa iluminação solar.
Janelas:                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                Todas as janelas devem ser amplas, com tela do tipo mosquiteiro, para impedir a entrada de insetos transmissores de doenças e também para evitar a fuga de pássaros. Moscas, mosquitos e pernilongos são sempre perigosos em qualquer criação, pois são  ransmissores de várias doenças, como a bouba, malária, salmonelose e coccidiose.
Pardais e pombos são outro problema. Ambos podem veicular ácaros que transmitem a toxoplasmose, entre outras doenças. Os pombos são transmissores também da ornitose, que é uma zoonose que se constitui em grande problema na criação
de aves.
Pedilúvio:                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            São utilizados para desinfetar o calçado das pessoas que entrarão no criadouro, e estão localizados na entrada de cada galpão. No seu interior pode-se colocar uma espuma plástica embebida em desinfetante ou apenas o desinfetante em pó.

Gaiolas:
A criação em gaiolas tem como vantagens a facilidade da manutenção, observação e contenção das aves.
As gaiolas devem ser feitas totalmente de arame soldado, pois são higiênicas, fáceis de limpar e dificultam a proliferação de piolhos. A bandeja no fundo da gaiola deve ser de chapa galvanizada, coberta com papel a ser trocado três vezes por semana. Sobre a chapa, há uma grade que impede os pássaros de entrarem em contato com as sobras de comida e excrementos, além de uma grade que permite a divisão da gaiola ao meio, no sentido vertical.
As gaiolas de matrizes mais utilizadas têm como dimensões: 60 cm (comprimento) por 32 cm (altura) por 28 cm (largura). Reprodutores: 30 cm X por 32 cm X por 28 cm, de arame galvanizado.

Poleiros:                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           ranhuras longitudinais, de madeira, sem farpas, e de diferentes espessuras, possibilitando o exercício das articulações dos pés. Devem ser limpos mensalmente.
Comedouros e bebedouros: comedouros para sementes devem ser lavados semanalmente e os bebedouros e outros recipientes diariamente.
Banheira:Oferecidas aos pássaros quatro vezes por  emana na época de reprodução e duas vezes durante o resto do ano, com o objetivo principal de manter a plumagem limpa. São colocadas pela manhã e retiradas assim que forem utilizadas, de forma que a água não seja ingerida pelos animais.
Ninho:
Caixa de madeira com 25 cm comprimento por 14 cm de largura e 12 cm de altura, orifício de entrada medindo 5 cm de diâmetro, tampa superior móvel e fundo côncavo. Colocado na parte externa da gaiola de forma que não ocupe espaço, facilite o acompanhamento da incubação, do desenvolvimento dos filhotes e anilhamento. Material para confecção: barbante de sisal desfiado principalmente, crina de cavalo (esterilizada) ou raiz de capins.

Alimentação

Alimentação básica
Os canários-da-terra são essencialmente comedores de sementes (granívoros).
O alimento deve ser fornecido à vontade. O pássaro terá à sua disposição os diversos alimentos componentes da ração, e determinará por si próprio a quantidade a ingerir de cada um.
É fundamental que os alimentos sejam de qualidade, livres de contaminação e guardados de forma adequada.
Sementes: Utiliza-se uma mistura composta por 50% de alpiste, 30% de painço amarelo, 10% de senha e 10% de niger.
Um comedouro deverá estar permanentemente na gaiola, renovado e lavado a cada dois dias.
Ração: Mistura composta por 2/3 de ração de codorna/postura e 1/3 fubá grosso de milho - um comedouro permanentemente na gaiola, renovado e lavado a cada dois dias.
Areia: Aves em geral ingerem areia e pedriscos junto com o alimento, que auxiliam a digestão. Em cada gaiola, deverá ter um recipiente com areia esterilizada para atender a essa necessidade - um comedouro permanentemente na gaiola, renovado e lavado a cada semana.

Outros: De 2 a 3 vezes por semana, podem ser oferecidos um dos seguintes alimentos: escarola, couve, jiló, almeirão ou milho verde. Devem ser bem lavados, colocados de forma que não entrem em contato com fezes e restos de alimentos e retirados em 20 minutos no máximo da gaiola.
Fêmeas em incubação não devem receber esses alimentos.
Alimentação suplementar na reprodução Alimento vivo: Larvas do besouro Tenebrio molitor 1ª semana - uma larva por filhote, três vezes ao dia, ..., 5ª semana - cinco larvas por filhote três vezes ao dia). Com o besouro-doamendoim (Palembus  ermestoides), ofereça o triplo da quantidade.
 

Ovos: Mistura preparada diariamente: um ovo de galinha junto com ½ copo de sementes, cozidos por 20 minutos (triturar gema e clara e misturar às sementes). Fornecer três vezes ao dia em um “comedouro de unha”.
Rações comerciais para filhotes de pássaros: Em geral, utiliza-se um comedouro de unha, três vezes ao dia. Sobras devem ser retiradas 1 hora após o fornecimento.
Polivitamínico: Misturado à água do bebedouro, duas vezes por semana.

Suplemento de cálcio: A casca de ovo de galinha, assim como a farinha de ostras, podem ser utilizadas como fonte alternativa de cálcio para fêmeas em reprodução. As cascas devem ser trituradas, esterilizadas em forno comum e fornecidas junto com areia. Podem ser utilizadas areias com suplementação mineral completa para aves.

Manejo Reprodutivo

Reprodutores e matrizes:
Aquisição: O plantel pode ser formado por pássaros provenientes de criadores registrados, doação, permuta, empréstimo ou compra.
O IBAMA e a Polícia Florestal eventualmente poderão fornecer animais apreendidos.
Avaliação: Um sistema de ranking pode ser elaborado para a avaliação das características como cor, forma, sanidade, canto, fertilidade e libido.
Formação do casal e cópula
Viveiros: A temporada de reprodução no centro-sul do Brasil vai de novembro a maio, coincidente com o período chuvoso, de temperaturas elevadas e principalmente com dias mais longos.
Viveiros aéreos, com o fundo apenas de grade, proporcionam um ambiente em que a higiene pode ser mantida com facilidade.
Sempre coloque o macho primeiro. Deixe-o pelo menos uma semana antes de soltar a fêmea.
Gaiolas: Este método foi desenvolvido pelo criador Marcílio Picinini, de Matias Barbosa, MG. Nesse sistema de criação, é possível a utilização da poligenia, ou seja, o aproveitamento de determinados reprodutores de alta qualidade
em diversas fêmeas, possibilitando o desenvolvimento de linhagens e outras formas de melhoramento genético do plantel.
Machos e fêmeas não devem viver juntos. Eles só devem ficar na mesma gaiola na fase de reprodução e, mesmo assim, apenas pelo tempo que durar a copulação.
Utilizam-se gaiolas individuais, dispostas em prateleiras e separadas por placas de madeira, de modo que os pássaros não se vêem. Percebe-se a chegada da fase de acasalamento quando as fêmeas começam a levar fios e raízes para o ninho.
O reprodutor deve ficar separado e cortejar a matriz por meio do canto. Isso pode levar de 2 a 3 dias; após esse período, deixa-se a gaiola do reprodutor lado a lado à da matriz, sem a placa divisória. Se a fêmea se mostrar receptiva, abre-se a
passagem entre as gaiolas, e o reprodutor, em alguns segundos, faz a cobertura, voltando para sua gaiola em seguida.
As gaiolas de criação não devem ser removidas das prateleiras na época de reprodução.

Maturidade sexual

Por volta dos 10 meses de idade.

Postura

Tem início após o término da confecção do ninho, ou seja, aos 2 a 3 dias pós-cobrição. São postos de 4 a 6 ovos, fortemente pintalgados de marrom, a intervalo de 1 dia. Podem ocorrer de 3 a 5 posturas por temporada.

Incubação

Duração de 13 dias, à partir da postura do último ovo.

Nascimento dos filhotes

Os filhotes nascem sem penas e com os olhos fechados, totalmente dependentes da mãe. Deixam o ninho aos 15-20 dias de idade, tornando-se independentes aos 35-40 dias.

Anilhamento

Feito quando os filhotes estão com 7-10 dias de idade. Após esse período, a anilha não pode ser mais introduzida no membro posterior, e, se já colocada, não poderá ser retirada.
A anilha fechada: é a “carteira de identidade” do pássaro, a prova de que nasceu em cativeiro. Nela constam o número de identificação do criador, o número de registro do pássaro e o ano de nascimento.
A técnica de colocação da anilha é simples: basta passá-la pelos 3 dedos anteriores, deixando por último o dedo posterior, não importando em qual dos membros inferiores.
Separação dos filhotes: Com cerca de 40 dias são separados da mãe e colocados em amplos viveiros, para um pleno desenvolvimento corporal.
Devem permanecer nesse local até completarem 2 meses de idade pelo menos, quando já podem ser comercializados.
Uma forma de agregar valor ao pássaro é o treinamento de canto em filhotes machos. Devem ser colocados em gaiolas
individuais, em recintos onde somente possam escutar o canto de mestres, fitas ou CD’s gravados com cantos de qualidade.

Controle do plantel

Cada matriz e reprodutor deve ter uma ficha individual de controle contendo: n.º da anilha individual, sexo, data de nascimento, pais, n.º de filhos, n.º de anilhas dos filhos e histórico. As fichas de matrizes, em particular, contendo: n.º de
ovos/postura, data postura, data eclosão, n.º de filhotes separados, dia da separação, n.º das anilhas e destino do filhote.

Manejo sanitário

Quarentena É o período de isolamento a que são submetidos os pássaros recém-adquiridos, para avaliação do estado geral, adaptação ao novo sistema de manejo (tipo de alimento, gaiola, tratador) e para o controle de doenças infecto-contagiosas .
A quarentena deve ter a duração mínima de 21 dias, período suficiente para identificação das principais doenças (realização de exames parasitológicos e microbiológicos) que podem estar presentes nas aves recém-adquiridas ou que estiveram em exposições ou torneios.
As aves são colocadas em gaiolas limpas, em recinto distante da criação em pelo menos 100 metros.

Como regra básica de manejo, essas aves devem ser tratadas após o término das atividades no plantel de criação para evitar a disseminação de doenças.

Muda

Ocorre na época mais fria do ano (outono e inverno).
Nesse período, o pássaro troca de penas (por cerca de 2 meses) e se recupera da atividade reprodutiva. Estará mais susceptível a doenças, devendo-se ter atenção quanto a correntes de ar, temperatura e umidade

Vermifugação

Todo plantel deve ser vermifugado antes da época da muda (maio). O exame de fezes irá determinar o vermífugo mais apropriado.

No final da muda, outra vermifugação deverá ser feita para que as aves iniciem a fase reprodutiva livres de verminoses.

Criação amadora

Modalidade de criação de passeriformes que permite a manutenção de espécimes em cativeiro e participação em torneios em todo território nacional (somente para pássaros com anilha fechada), apenas para pessoas associadas a clubes de
criadores de pássaros.
A comercialização é permitida somente entre criadores registrados em clubes de criadores.
Segundo a portaria n.º 57, de 11 de julho de 1996, o associado, para estar devidamente legalizado perante o IBAMA, deverá: · Estar em dia com suas obrigações junto ao clube que estiver agregado; · Possuir carteira de identificação atualizada, a ser
fornecida pela federação; · Estar com a relação de passeriformes corretamente preenchida e legível; · Estar com o respectivo Certificado de Transação de Passeriformes (CTP), no caso de pássaros recémadquiridos, para comprovar sua procedência.

Criação comercial

A portaria n.º 118-N, de 15 de outubro de 1997, regulamenta o funcionamento de criadouros comerciais de animais da fauna silvestre brasileira.
O interessado deverá inicialmente apresentar uma cartaconsulta ao superintendente regional do IBAMA, contendo informações, tais como: identificação da pessoa física ou jurídica
que esta solicitando a licença, localização do empreendimento, objetivo da criação, espécie a ser criada e o número inicial de matrizes.
Aprovada a carta-consulta, o interessado deverá apresentar um projeto mais detalhado da criação, elaborado por um zootecnista ou outro profissional habilitado.
A portaria n.º 117-N, da mesma data, determina que o criadouro comercial registrado estará autorizado a comercializar seus próprios produtos, não sendo necessária a inscrição como comerciante junto ao IBAMA, desde que possua nota fiscal
adequada. O artigo 13 dessa portaria esclarece que a pessoa que intencione comprar animais silvestres, com o objetivo de mantê-los como animais de estimação, não necessitará de registro no IBAMA.
O criadouro deverá fornecer aos compradores orientações por escrito sobre a alimentação, alojamento, manejo sanitário e sobretudo, a recomendação de não-soltura ou devolução dos animais à natureza, sem o prévio consentimento da área técnica
do IBAMA.

Registro IBAMA

CTF 3539889

 

CangaCeiro praticando canto com 5 meses de idade esse tem um futuro promissor.

BaTFino, canário nascido e criado em nosso criatório fazendo seus primeiros estalos após sua muda de pardo para amarelo com 1 ano e 2 meses de idade